segunda-feira, 12 de setembro de 2011

21 dias



Pinga, pinga, pinga. A música de goteira é feita pela chuva na telha.
Céu no teto imaginado. Nuvens, estrelas, Lua e Sol, tudo no mesmo espaço.
A frase de sempre, repetida ao pé do ouvido.
-a de sempre e a que mais quero continuar ouvindo-
Palavras sortidas, perdidas em comentário -que admito, tinham fundo engraçado.
Cadela travessa, não há o que fazer para que não desobedeça.
Então o silêncio vem,
E embalado por suspiros faz parecer que no mundo não há mais ninguém.
Abraço calado e de lábios dados. Abraço apertado e de dedos entrelaçados.
Beijei seu nariz, sua testa, pescoço e olhos.
Beijou meu rosto, sorriu, e então beijou de novo. Beijou minh'alma.
E assim que quis não querer mais nada.
Dois em um. Completados, enfim, ambos por inteiro.
Por que não paras senhor tempo? Por que não congelas todo o mundo nesse momento?