Caros leitores,
Não sei se posso falar desse mundo, pq nunca vivi nele. Mas já observei muito e a cada dia mais fico estática como o poder da imaginação pode tornar algo, que se sabe desde o inicio que é falso, em real.
O mundo fake nada mais é do que um lugar onde pessoas de verdade entram em "personagens" nas quais elas literalmente vivem online. Você faz amigos (que podem até ser de verdade, ou no off como chamam), familia... Vc namora, casa e tem filhos (não necessariamente nessa ordem, rs').
Mas o que me surpreende é quando eu vejo diversos casos de pessoas que realmente se apaixonam por outras no mundo fake e quando se conhecem no off (no mundo real) não sentem absolutamente nada, porque, na verdade, se apaixonaram por alguém que nunca existiu.
Uma amiga minha que vive online nos fakes já passou por isso e disse-me que muitas vezes as amizades e amores fakes são mais sinceros e reais do que os de verdade.
Isso faz algum sentido pra vc? Pra mim faz.
Ahh sim... Você deve esta se perguntando o porquê de eu estar escrevendo sobre o mundo fake se eu nunca tive um fake.
É simples. Eu pensei (com toda essa minha mente filosófica, rsrs') em quantas vezes as pessoas do nosso mundo, o off, se fazem passar por fakes.
Acho que quando vc se apaixona por um fake virtual e descobre que a pessoa de verdade não é tudo aquilo, com o tempo vc vai domando a sua mente a entender que tudo aquilo não é real. Mas e quando vc tem amigos ou amores (tanto faz, pq pra mim falsidade no amor e na amizade - que nao deixa de ter amor - doi do mesmo jeito) no off que na verdade não passam de fakes?
É incrivel o dom das pessoas em entrar em personagens e viver nelas por tanto tempo. Não sei se trata de mera falsidade... Talvez seja o lance das "meias verdades" que Carlos Drummond fala (o poema esta na parte "ao leitor").
A gente na verdade só conhece metade de tudo, inclusive das pessoas. Das pessoas eu diria que é ainda mais complexo...
Quando conheço alguem que vou tendo contato por mais tempo vou aos pouquinhos, situaçoes a situações montando a personalidade daquela pessoa na minha cabeça, vou vendo como ela reage a cada situaçao e depois de um tempo posso dizer que "conheço aquela pessoa". O problema real é que acreditamos em tudo até que se prove ao contrario! Vc vai dizer que não mesmo... Que não é assim... Mas é siim!
Vc, assim como eu, pode desconfiar de tudo e de todos até que se prove ao contrário, mas no geral vc acaba mesmo que inconsientemente acreditando no que as pessoas te contam... Acredita no que elas falam de si, e muitas vezes é um engano, afinal, é levemente complexo definirmos a nós mesmos, principalmente quando se é uma daquelas pessoas que não são elas quando estão em bando.
E quando voce pensa já te montando uma personalidade quase inteira, faltando apenas algumas partes, vc ... vc se decepciona, pq acontece um unico fato, que aquela pessoinha destroi toda a personalidade que vc tinha montando, pq na verdade ela não é e nunca foi nada daquilo que ela parece ou tenta parecer, ela não é nada do que fala. É um completo estranho, é vc tem que saber viver com isso.
Se para encontrar a verdade temos que atravessar um porta na qual do outro lado soh encontramos meias verdades e aceitamos aquelas que mais nos convem, quando atravessamos "a porta de entrada" de uma pessoa encontramos minusculos e incontaveis pedaços fracionados, e ao fim descobrimos que para realmente poder dizer que conhecemos alguem precisamos não de muito tempo, mas de todas as mais de diferentes situaçoes com as mais diferentes pessoas para voce poder medir o comportamento de um unico ser e ir juntando fraçao a fraçao, a personalidade daquele mero desconhecido que vc chama de amigo. Isso pode demorar ou pode ser rapido. Mas sabe o que realmente acontece?
É que não somos maquinas que identificam "amigos fakes" no nosso mundinho off. Não somos maquinas que vivem para catar fraçoes de personalidades e encaixa-las perfeitamente.
A verdade é que somos meros humanos, que erram, erram e erram mais um vez. E quando pensam que aprenderam, erram de novo. Pq a mesma situaçao se mascara, e vc pensa que nao esta errando na mesma coisa, mas ao fim, está.
Demoramos muito pra aprender, mas ao fim aprendemos.
Não montamos personalidades como computadores, mas conhecemos as pessoas aos poucos e querendo ou nao, vamos fazendo-o.
Mas o melhor de tudo e pra quebrar tudo aquilo que eu disse : - QUEM NÃO ARRISCA, NÃO PETISCA!
Vc nao vai deixar de viver por causa desses fakes que vivem correndo pelo mundo off! NUNCA!
Sabe o que é importante? Saber QUEM é importante!
Isso sim !
Deixar o coração falar mais alto, mas sem esquecer a razao! Quebrar a cara MILHARES e MILHARES de vezes, mas ter MILHARES e MILHARES de historias pra contar.
Ser feliz e achar graça até mesmo dos fakes perdidos por ai!
Porque nesse mundo não existem momentos fakes (nao tantos quanto pessoas).
Vamos lembrar de cada pipoca, cada filme, cada conversa, cada besteira, cada programa de indio... pq no fundo, no fundo, ninguem é 100% fake e ninguem é 100% off (nao o tempo todo)
Todos nós, como humanos, precimos esconder fraquezas se fazendo de fortes, engolir o choro por vergonha, fingir que gostou da comida pra nao magoar a amiga, fazer um drama pra ter um colo e por ai vai...
Genteeeeeeeeee! Nao vejo mais nexo nenhum em nada! Nao sei mais o que escrever! HSUAHSUAHSUAHSUAS' E isso é muuuito TEEENSO!
To aqui sem sono e escrevo o que me vem a cabeça! Pq essa sou eu, assim, no OFF!
Sem fakes! Sem fingir! Adorando quebrar a cara pra ser feeeeeliz no fim das contas!
Uhuuuuul ! Nao tenho mais o que falar! HSUHAUSHAUS'
Caraa! Na real... eu amo voces (sejam lá quem forem!) !! \o/
- Mais um momento insano de Juliana Lima ;)
~~~ Fiquem ligados que já já tem mais .-.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Gritar Calado
texto em homenagem ao Senhor Ice que tem alguns problemas em entender esse termo.
Alguns posts atrás usei a definição "gritar calado" e desde que o fiz já tive três discurssões sobre o real significado dela.
Bem, o gritar calado é uma metáfora que pode ser intrepretada de muitas maneiras. Vamos brincar de discionário.
Gritar calado. 1. Ficar com tanta, mas tanta raiva, que vc quer gritar mas não consegue, e o faz de algum modo estranho (vc tenta e tenta, ai faz un HANG com as mãos e sai batendo os pés, ou de qualquer outro jeito); 2. Abrir a boca, colocar as mãos abertas próximas ao rosto com o formato das "mãos FUUUUUUUU" e parecer estar gritando, mas não emitir som (definiçao de um amigo com uma imaginaçao tremenda); 3. Dizer, revindicar ou apenas compartilhar, sem gritos literais, aquilo que lhe aflige de modo a se extravasar, e ficar na perfeita ordem (Surte o mesmo efeito de um grito bem alto).
Bem, essas são três das definições que ouvi ontem discutindo sobre o termo, mas o gritar calado de que falava se encaixaria melhor no termo 3.
Gritar calado na versão Juliana Lima:
O gritar calado de que falei, é o gritar da alma. É quando algo te revolta, te deixa indignado ou até mesmo enamorado, e você, de algum modo, precisa desabafar.
Pode ser feito por meio de um texto (como faço aqui no blog), uma música, ou das mais diversas maneiras que a mente humana pode imaginar.
Pois bem... entendeu ice? HSUAHUSHAUSHAUS'
Bjos caros leitores ^^
Alguns posts atrás usei a definição "gritar calado" e desde que o fiz já tive três discurssões sobre o real significado dela.
Bem, o gritar calado é uma metáfora que pode ser intrepretada de muitas maneiras. Vamos brincar de discionário.
Gritar calado. 1. Ficar com tanta, mas tanta raiva, que vc quer gritar mas não consegue, e o faz de algum modo estranho (vc tenta e tenta, ai faz un HANG com as mãos e sai batendo os pés, ou de qualquer outro jeito); 2. Abrir a boca, colocar as mãos abertas próximas ao rosto com o formato das "mãos FUUUUUUUU" e parecer estar gritando, mas não emitir som (definiçao de um amigo com uma imaginaçao tremenda); 3. Dizer, revindicar ou apenas compartilhar, sem gritos literais, aquilo que lhe aflige de modo a se extravasar, e ficar na perfeita ordem (Surte o mesmo efeito de um grito bem alto).
Bem, essas são três das definições que ouvi ontem discutindo sobre o termo, mas o gritar calado de que falava se encaixaria melhor no termo 3.
Gritar calado na versão Juliana Lima:
O gritar calado de que falei, é o gritar da alma. É quando algo te revolta, te deixa indignado ou até mesmo enamorado, e você, de algum modo, precisa desabafar.
Pode ser feito por meio de um texto (como faço aqui no blog), uma música, ou das mais diversas maneiras que a mente humana pode imaginar.
Pois bem... entendeu ice? HSUAHUSHAUSHAUS'
Bjos caros leitores ^^
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Bem, meus caros leitores, uso esse espaço para extravasar, ou gritar calada como tanto gosta de ouvir essa expressao minha querida fã numero 1 Bella (rsrs') mas me sinto na obrigaçao de compartilhar aquilo que é belo com voces, mesmo que nao seja de autoria minha.
Não sei quantos de voces já tiveram a oportunidade de ler sobre a brilhantemente insana mente de Dom Casmurros no livro de Machado de Assis que tem como titulo o nome da mesma personagem. Devo admitir que tenho certa paixao pelo romance de Capitu e Bentinho e no meu livro grifei os capitulos XXXII (Olhos de Ressaca) e XXXIII (O penteado). Vou publicá-los aqui no blog e por em negrito as partes que mais me apaixonam. Mas tem que ser lido com a mesma delicia que se come um prato de brigadeiro de panela vendo um filme romantico. Tente imaginar e sentir. Coloque-se ao lugar das personagens. Entre de tal modo a historia que enquanto você lê, possa sentir a mudança na sua respiração, nos batimentos. Viva a cena. Se estiver propriamente preparado, vamos lá!
(...)D. Fortunata, que estava no quintal, nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.
- Está na sala penteando o cabelo, disse-me; vá devagarzinho para lhe pregar um susto.
Fui devagar, mas ou o pé ou o espelho traiu-me. Este pode ser que não fosse; era um espelhinho de pataca (perdoai a barateza), comprado a um mascate italiano, moldura tosca, argolinha de latão, pendente da parede, entre as duas janelas. Se não foi ele, foi o pé. Um ou outro, a verdade é que, apenas entrei na sala, pente, cabelos, toda ela voou pelos ares (...)
- (...) Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora na contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra de dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a avaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dante; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe - para dizer alguma coisa, - que era capaz de os pentear, se quizesse. (...)
Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente, desde a testa até às últimas pontas, que lhe desciam à cintura. Em pé não dava jeito: não esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi-lhe que se sentasse.
- Senta aqui, é melhor.
Sentou-se. "Vamos ver o grande cabeleireiro", disse-me rindo. Continuei a alisar os cabelos, com muito cuidado, e dividi-os em duas porções iguais, para compor as duas tranças. Não as fiz logo, nem assim depressa, como podem supor os cabeleireiros de ofício, mas devagar, devagarinho, saboreando pelo tacto aqueles fios grossos, que eram parte dela. O trabalho era atrapalhado, às vezes ao desazo, outras de propósito, para desfazer o feito e refazê-lo. Os dedos roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite. Mas, enfim, os cabelos iam acabando, por mais que eu os quisesse intermináveis. Não pedi ao céu que eles fossem tão longos como os da Aurora, porque não conhecia ainda esta divindade que os velhos poetas me apresentaram depois; mas, desejei penteá-los por todos os séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes. Se isto vos parecer enfático, desgraçado leitor, é que nunca teve penteastes uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes na jovem cabeça de uma ninfa... Uma ninfa! Tudo eu sou mitológico. Ainda há pouco, falando dos olhos de ressaca, cheguei a escrever Tétis (na mitologia clássica, deusa do Mar, esposa do Oceano, filha do Céu e da Terra. Teria uma neta chamada Ninfa.); risquei Tétis, risquemos ninfa; digamos somente uma criatura amada, palavra que envolve todas as potências cristãs e pagãs. Enfim, acabei as duas tranças. Onde estava a fita para a atarlhes as pontas? Em cima da mesa, um triste pedaço de fita enxovalhada. Juntei as pontas das tranças, uni-as por um laço, retoquei a obra, alargando aqui, achatando ali, até que exclamei:
- Pronto!
- Estará bom?
- Veja no espelho.
Em vez de ir ao espelho, que pensais que fez Capitu? Não vos esqueçais que estava sentada, de costas para mim. Capitu derreou a cabeça, a tal ponto que me foi preciso acudir com as mãos e ampará-la; o espaldar da cadeira era baixo. Inclinei-me depois sobre ela, rosta a rosto, mas trocados, os olhos de um na linha da boca do outro. Pedi-lhe que levantasse a cabeça, podia ficar tonta, machucar o pescoço. Cheguei a dizer-lhe que estava feia; nem esta razão a moveu.
- Levanta, Capitu!
Não quis, não levantou a cabeça, e ficamos assim a olhar um para o outro, até que ela abrochou os lábios, eu desci os meus, e...
Grande foi a sensação do beijo; Capitu ergueu-se, rápida, eu recuei até à parede com uma espécie de vertigem, sem fala, os olhos escuros. Quando eles me clarearam, vi que Capitu tinha os seus no chão. Não me atrevi a dizer nada; ainda que quisesse, faltava-me língua. Preso, atordoado, não achava gesto nem ímpeto que me descolasse da parede e me atirasse a ela com mil palavras cálidas e mimosas... Não mofes dos meus quinze anos, leitor precoce. Com dezessete, Des Grieux (e mais era Des Grieux) não pensava na diferença dos sexos.
Entende o porquê de minha paixão por esse capitulos? Ai, ai...
Se quizerem se apaixonar um pouquinho mais vejam tudo o que acabam de ler... É magnífico, não me canso nunca.
http://www.youtube.com/watch?v=uZmMGVmr-6c
Apaixonem-se. Não tenho como terminar de outro modo.
Não sei quantos de voces já tiveram a oportunidade de ler sobre a brilhantemente insana mente de Dom Casmurros no livro de Machado de Assis que tem como titulo o nome da mesma personagem. Devo admitir que tenho certa paixao pelo romance de Capitu e Bentinho e no meu livro grifei os capitulos XXXII (Olhos de Ressaca) e XXXIII (O penteado). Vou publicá-los aqui no blog e por em negrito as partes que mais me apaixonam. Mas tem que ser lido com a mesma delicia que se come um prato de brigadeiro de panela vendo um filme romantico. Tente imaginar e sentir. Coloque-se ao lugar das personagens. Entre de tal modo a historia que enquanto você lê, possa sentir a mudança na sua respiração, nos batimentos. Viva a cena. Se estiver propriamente preparado, vamos lá!
(...)D. Fortunata, que estava no quintal, nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.
- Está na sala penteando o cabelo, disse-me; vá devagarzinho para lhe pregar um susto.
Fui devagar, mas ou o pé ou o espelho traiu-me. Este pode ser que não fosse; era um espelhinho de pataca (perdoai a barateza), comprado a um mascate italiano, moldura tosca, argolinha de latão, pendente da parede, entre as duas janelas. Se não foi ele, foi o pé. Um ou outro, a verdade é que, apenas entrei na sala, pente, cabelos, toda ela voou pelos ares (...)
- (...) Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora na contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra de dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a avaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dante; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe - para dizer alguma coisa, - que era capaz de os pentear, se quizesse. (...)
Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente, desde a testa até às últimas pontas, que lhe desciam à cintura. Em pé não dava jeito: não esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi-lhe que se sentasse.
- Senta aqui, é melhor.
Sentou-se. "Vamos ver o grande cabeleireiro", disse-me rindo. Continuei a alisar os cabelos, com muito cuidado, e dividi-os em duas porções iguais, para compor as duas tranças. Não as fiz logo, nem assim depressa, como podem supor os cabeleireiros de ofício, mas devagar, devagarinho, saboreando pelo tacto aqueles fios grossos, que eram parte dela. O trabalho era atrapalhado, às vezes ao desazo, outras de propósito, para desfazer o feito e refazê-lo. Os dedos roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite. Mas, enfim, os cabelos iam acabando, por mais que eu os quisesse intermináveis. Não pedi ao céu que eles fossem tão longos como os da Aurora, porque não conhecia ainda esta divindade que os velhos poetas me apresentaram depois; mas, desejei penteá-los por todos os séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes. Se isto vos parecer enfático, desgraçado leitor, é que nunca teve penteastes uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes na jovem cabeça de uma ninfa... Uma ninfa! Tudo eu sou mitológico. Ainda há pouco, falando dos olhos de ressaca, cheguei a escrever Tétis (na mitologia clássica, deusa do Mar, esposa do Oceano, filha do Céu e da Terra. Teria uma neta chamada Ninfa.); risquei Tétis, risquemos ninfa; digamos somente uma criatura amada, palavra que envolve todas as potências cristãs e pagãs. Enfim, acabei as duas tranças. Onde estava a fita para a atarlhes as pontas? Em cima da mesa, um triste pedaço de fita enxovalhada. Juntei as pontas das tranças, uni-as por um laço, retoquei a obra, alargando aqui, achatando ali, até que exclamei:
- Pronto!
- Estará bom?
- Veja no espelho.
Em vez de ir ao espelho, que pensais que fez Capitu? Não vos esqueçais que estava sentada, de costas para mim. Capitu derreou a cabeça, a tal ponto que me foi preciso acudir com as mãos e ampará-la; o espaldar da cadeira era baixo. Inclinei-me depois sobre ela, rosta a rosto, mas trocados, os olhos de um na linha da boca do outro. Pedi-lhe que levantasse a cabeça, podia ficar tonta, machucar o pescoço. Cheguei a dizer-lhe que estava feia; nem esta razão a moveu.
- Levanta, Capitu!
Não quis, não levantou a cabeça, e ficamos assim a olhar um para o outro, até que ela abrochou os lábios, eu desci os meus, e...
Grande foi a sensação do beijo; Capitu ergueu-se, rápida, eu recuei até à parede com uma espécie de vertigem, sem fala, os olhos escuros. Quando eles me clarearam, vi que Capitu tinha os seus no chão. Não me atrevi a dizer nada; ainda que quisesse, faltava-me língua. Preso, atordoado, não achava gesto nem ímpeto que me descolasse da parede e me atirasse a ela com mil palavras cálidas e mimosas... Não mofes dos meus quinze anos, leitor precoce. Com dezessete, Des Grieux (e mais era Des Grieux) não pensava na diferença dos sexos.
Entende o porquê de minha paixão por esse capitulos? Ai, ai...
Se quizerem se apaixonar um pouquinho mais vejam tudo o que acabam de ler... É magnífico, não me canso nunca.
http://www.youtube.com/watch?v=uZmMGVmr-6c
Apaixonem-se. Não tenho como terminar de outro modo.
sábado, 8 de maio de 2010
Tempo para você
por Wendel Lima
Se as ultimas decadas foram marcadas pelas vitorias da medicina sobre muitas doenças do corpo, o desafio do seculo 21 é ajudar a humanidade a nao entrar em colaçso emocional. Nao se trata apenas dos disturbios serios, que pedem tratamento profissional com terapias e remedios, mas do equilibrio emocional do dia a dia. Saude é mais que ausencia de doença, é bem-estar total.
Os especialistas falam de varios inimigos da saude emocional, entre eles: ansiedade e culpa. Os sintomas podem ser percebidos n opai que perde o sono por causa do risco do desemprego; da mulher que vive a pressao de conciliar o trabalho com o papel de mae; ou de um adolescente que, bombardeado pela propaganda, acredita que seu valor se mede pela marca de uma roupa. O pior da ansiedade é que ela nos aprisiona ao futuro. Coloca a felicidade como algo a ser alcançado, mas indisponivel agora. Cria o sentimento de constante insatisfação, mau humor e intolerância. Faz com que as incertezas do amanha tiram a paz de hoje.
A culpa, por sua vez, nos amarra ao passado. Seu peso pode ser sentido pelos pais que perderam o filho para as drogas; pelo jovem, outrora ingrato, que agora toca o caixao da mae; ou pelo marido que carrega o remorso da destruição de seu lar por uma aventura amorosa. A culpa nao resolvida esgota as forças. Suga o que ha de melhor em nós. Ri dos sonhos de liberdade e regeneraçao, jogando na cara do culpado uma divida impagavel. Gera angustia, depressao. Pode matar.
O segredo - O problema é moderno, mas a solução de Deus é muito antiga: "Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6:34). O conselho é simples e prático, porque Ele, no verso anterior, promete suprir todas as necessidades daqueles que O buscarem (v. 33). Se você duvida, olhe para as aves, que não pedem socorro e não fazem nada por merecê-lo, mas mesmo assim são sustentadas (v. 26). O texto ainda termina dizendo que é inútil o homem se angustiar em relação ao que não pode mudar, pois aquilo que está além de nós, deve-se confiar em Deus (v.27). Para os ansiosos, Ele pode quebrar as cadeias que os prendem ao futuro.
Quanto à culpa, alguns psicólogos diriam que o Cristianismo é a religião que mais oprime o homem. É verdade que durante muitos séculos uma falsa compreensão sobre o caráter divino fez da fé um fardo insuportável. Alguns chegaram a considerar a voz do Diabo mais doce que a de Deus. Mas esse não é o retrato que a Bíblia pinta: "Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso..." (Mateus 11:28). A paz interior que o Deus da Bíblia concede está além do entendimento, porque não vem de passeatas contra a violência ou de acordos de cessar-fogo, mas do que de quem conhece o íntimo do ser humano. Ele é especialista em jogar culpas no fundo mar e apagar o passado pertubador.
(...)
Bem, houve um motivo pra eu publucar isso aqui e vou comentar.
Quantas vezes nos sentimos cansados fisicamente e psiciologicamente? Quantas vezes nos abatemos e nos sentimos tristes sem nem ao menos termos um motivo sensato pra isso?
Aprendi que a verdadeira liberdade e tranquilidade só podem ser encontradas nos braços do Pai de amor.
Devemos sim nos preparar para o que vem pela frente, mas não devemos deixar que o futuro abale nosso presente. Devemos viver um dia de cada vez e assim sermos felizes de verdade.
Só vivendo dia após dia, curtindo cada momento como se fosse único (e de fato, na maioria das vezes, é).
Ser livre não é apenas não ter uma algema nos braços ou estar preso dentro de uma cela... Afinal, do que adianta ser livre para fazer o que bem quiser e mesmo assim estar preso ao futuro ou ao passado? Liberdade real é viver felizes, dia após dia. Um por vez.
Nosso Deus em sua suprema sabedoria nos reservou um dia na semana para que esqueçamos todos os problemas que nos afligem e o desfrutemos em paz. Cuidando do proximo, tendo tranquilidade, adorando ao nosso grandioso Deus. Wendel Lima falou um pouco sobre a relação do tempo para nós e o dia especial que Deus nos reservou.
A culpa, por sua vez, nos amarra ao passado. Seu peso pode ser sentido pelos pais que perderam o filho para as drogas; pelo jovem, outrora ingrato, que agora toca o caixao da mae; ou pelo marido que carrega o remorso da destruição de seu lar por uma aventura amorosa. A culpa nao resolvida esgota as forças. Suga o que ha de melhor em nós. Ri dos sonhos de liberdade e regeneraçao, jogando na cara do culpado uma divida impagavel. Gera angustia, depressao. Pode matar.
O segredo - O problema é moderno, mas a solução de Deus é muito antiga: "Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6:34). O conselho é simples e prático, porque Ele, no verso anterior, promete suprir todas as necessidades daqueles que O buscarem (v. 33). Se você duvida, olhe para as aves, que não pedem socorro e não fazem nada por merecê-lo, mas mesmo assim são sustentadas (v. 26). O texto ainda termina dizendo que é inútil o homem se angustiar em relação ao que não pode mudar, pois aquilo que está além de nós, deve-se confiar em Deus (v.27). Para os ansiosos, Ele pode quebrar as cadeias que os prendem ao futuro.
Quanto à culpa, alguns psicólogos diriam que o Cristianismo é a religião que mais oprime o homem. É verdade que durante muitos séculos uma falsa compreensão sobre o caráter divino fez da fé um fardo insuportável. Alguns chegaram a considerar a voz do Diabo mais doce que a de Deus. Mas esse não é o retrato que a Bíblia pinta: "Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso..." (Mateus 11:28). A paz interior que o Deus da Bíblia concede está além do entendimento, porque não vem de passeatas contra a violência ou de acordos de cessar-fogo, mas do que de quem conhece o íntimo do ser humano. Ele é especialista em jogar culpas no fundo mar e apagar o passado pertubador.
(...)
Bem, houve um motivo pra eu publucar isso aqui e vou comentar.
Quantas vezes nos sentimos cansados fisicamente e psiciologicamente? Quantas vezes nos abatemos e nos sentimos tristes sem nem ao menos termos um motivo sensato pra isso?
Aprendi que a verdadeira liberdade e tranquilidade só podem ser encontradas nos braços do Pai de amor.
Devemos sim nos preparar para o que vem pela frente, mas não devemos deixar que o futuro abale nosso presente. Devemos viver um dia de cada vez e assim sermos felizes de verdade.
Só vivendo dia após dia, curtindo cada momento como se fosse único (e de fato, na maioria das vezes, é).
Ser livre não é apenas não ter uma algema nos braços ou estar preso dentro de uma cela... Afinal, do que adianta ser livre para fazer o que bem quiser e mesmo assim estar preso ao futuro ou ao passado? Liberdade real é viver felizes, dia após dia. Um por vez.
Nosso Deus em sua suprema sabedoria nos reservou um dia na semana para que esqueçamos todos os problemas que nos afligem e o desfrutemos em paz. Cuidando do proximo, tendo tranquilidade, adorando ao nosso grandioso Deus. Wendel Lima falou um pouco sobre a relação do tempo para nós e o dia especial que Deus nos reservou.
"Certo do desequilíbrio do homem moderno, Deus providenciou um dia por semana para celebrar a liberdade emocional. O sábado é símbolo do cuidado e perdão de Deus. Do cuidado, porque aceita-se o desafio de ficar 24 horas longe das preocupações diárias. As contas e compromissos não deixam de existir, mas a responsabilidade é compartilhada com Deus. Foi essa a experiência do povo de Israel no deserto. Toda sexta-feira caía maná (pão do Céu) em dobro, para que no sábado descansassem na providência divina (Êxodo 16:4-31).
O sétimo dia também é antídoto para a culpa, pois ele é um presente, assim como o perdão de Deus. No sábado, somos convidados a descansar, não só físicamente, mas também de medos e traumas. É o abraço do Pai para o filho acuado e machucado. É um recado do Céu, no presente, de que é possível viver livre do passado e não temer o futuro.
(Texto de Wendel Lima retirado da revista evangelística "Um dia de esperança" da Igreja Adventista do Sétimo Dia.)
Se você quiser conhecer mais sobre este e outros assuntos, entre em contato com o site oficial da campanha sul americana Viva com Esperança: www.esperanca.com.br
O sétimo dia também é antídoto para a culpa, pois ele é um presente, assim como o perdão de Deus. No sábado, somos convidados a descansar, não só físicamente, mas também de medos e traumas. É o abraço do Pai para o filho acuado e machucado. É um recado do Céu, no presente, de que é possível viver livre do passado e não temer o futuro.
(Texto de Wendel Lima retirado da revista evangelística "Um dia de esperança" da Igreja Adventista do Sétimo Dia.)
Se você quiser conhecer mais sobre este e outros assuntos, entre em contato com o site oficial da campanha sul americana Viva com Esperança: www.esperanca.com.br
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Arrependimento?
Não é tenso quando pensamos que se algum dia tivessemos feito uma outra escolha, se empenhado mais... se tivessemos feito diferente, talvez hoje fossemos felizes? Não que nao sejamos felizes... Mas poderiamos ser MAIS felizes.
Certa vezes me lembro de escolhar que fiz pensando no bem dos meus proximos, mas nao pensei em mim. Escolhas que fiz sem ter escolhido (ou pelo menos notado que estava escolhendo).
Erramos? E muito! Nos arrependemos? Amargamente! Mas eu acho que se tivessemos escolhido outra coisa e nao tivesse dado certo tambem nos arrependeriamos.
A verdade é que não temos uma bola de cristal que possa nos dizer o que é o certo. É como eu sempre digo, não... Nem eu sei o que eu sempre digo.
Na verdade a gente nem sabe do que tá se arrependendo, entao começa a procurar o "do que se arrepender" e acha. Por que o ser humano nunca esta satisfeito? Não seria mais facil sermos felizes do jeito que estamos e pronto?
As vezes eu acho que nao tem sentido em tudo isso, mas as vezes tbm penso que nao sou a unica "sem sentido" nesse mundão.
Queria poder ler mentes, saber o que as pessoas REALMENTE sentem! Poder ver o que são quando ninguem esta vendo. Queria saber se por algum acaso eu sumisse, alguem sentiria falta. Queria saber que choraria por mim. Queria saber quem REALMENTE se importa. Por que o real muitas vezes se mostra ficticio, e ao fim nao sabemos de NADA.
Se apaixonar pelo desconhecido. Incrivel capacidade humana. Incrivel? Despresivel! Isso sim!
Já dizia Renato Russo: "...se voce quiser alguem em quem confiar, confie em si mesmo."
É a frase que mais faz sentido em tempos atuais.
Temos que desconfiar das pessoas em que mais confiamos pelo simples fato delas serem PESSOAS. Pessoas que se enganam, tem indules diferentes. Pessoas que mentem, mas amam. Pessoas que erram, mas se arrependem. Pessoas que nos decepcionam. Aprendi a confiar em mim, e desconfiar dos outros. Aprendi a calar e a ouvir. Aprendi a montar na minha cabeça um esquema de personalidades pra tentar entender cada pessoa. Mas na verdade NINGUEM se mostra ser o que realmente é!
Todos mudam quando estao em bando. Ou procuram chamar atençao pra si, ou se escondem pra nao serem notados. Fingem ser interessantes e descolados, ou se fazem de vitimas para serem alvo da dó alheia. Fingem gostar do que nao gostam e repudiar o que amam. Negam seus principios, mudam de opnião. Dizem "eu te amo" sem realmente amar, dizem que odeiam sem nem ao menos experimentar. Experimentam sem querer, e fingem gostar.
E depois... quando se esta sozinha em casa, num quarto escuro, sem ninguem, você chora. Por que mesmo tendo momentos felizes, você é uma pessoa triste. Por que seus amigos que na verdade nao passam de falsas imagens do que querem mostrar ser quando estao em bando, no intimo, nao te conhecem. Assim como voce nao os conhece. No escuro, no intimo, no sozinho, voce mostra quem realmente é. E nem sempre esse voce agrada aos outros. E quando voce que toda sua vida e a vida dos que te rodeiam nao passam de meras ilusoes vc se arrepende. Mas se arrepende do que? De ter vivido?
Não se há um proposito, ou uma liçao de moral assim como nas fabulas que ao fim sempre sao ditas por que se somos verdadeiros e nos entregamos, nos decepcionamos. Pq as pessoas nao nos correspodem.
Sabe o que mais eu aprendi? Nem sempre (ou na maioria das vezes) as pessoas vao ter a mesma consideraçao que vc tem por elas, por voce.
Certa vezes me lembro de escolhar que fiz pensando no bem dos meus proximos, mas nao pensei em mim. Escolhas que fiz sem ter escolhido (ou pelo menos notado que estava escolhendo).
Erramos? E muito! Nos arrependemos? Amargamente! Mas eu acho que se tivessemos escolhido outra coisa e nao tivesse dado certo tambem nos arrependeriamos.
A verdade é que não temos uma bola de cristal que possa nos dizer o que é o certo. É como eu sempre digo, não... Nem eu sei o que eu sempre digo.
Na verdade a gente nem sabe do que tá se arrependendo, entao começa a procurar o "do que se arrepender" e acha. Por que o ser humano nunca esta satisfeito? Não seria mais facil sermos felizes do jeito que estamos e pronto?
As vezes eu acho que nao tem sentido em tudo isso, mas as vezes tbm penso que nao sou a unica "sem sentido" nesse mundão.
Queria poder ler mentes, saber o que as pessoas REALMENTE sentem! Poder ver o que são quando ninguem esta vendo. Queria saber se por algum acaso eu sumisse, alguem sentiria falta. Queria saber que choraria por mim. Queria saber quem REALMENTE se importa. Por que o real muitas vezes se mostra ficticio, e ao fim nao sabemos de NADA.
Se apaixonar pelo desconhecido. Incrivel capacidade humana. Incrivel? Despresivel! Isso sim!
Já dizia Renato Russo: "...se voce quiser alguem em quem confiar, confie em si mesmo."
É a frase que mais faz sentido em tempos atuais.
Temos que desconfiar das pessoas em que mais confiamos pelo simples fato delas serem PESSOAS. Pessoas que se enganam, tem indules diferentes. Pessoas que mentem, mas amam. Pessoas que erram, mas se arrependem. Pessoas que nos decepcionam. Aprendi a confiar em mim, e desconfiar dos outros. Aprendi a calar e a ouvir. Aprendi a montar na minha cabeça um esquema de personalidades pra tentar entender cada pessoa. Mas na verdade NINGUEM se mostra ser o que realmente é!
Todos mudam quando estao em bando. Ou procuram chamar atençao pra si, ou se escondem pra nao serem notados. Fingem ser interessantes e descolados, ou se fazem de vitimas para serem alvo da dó alheia. Fingem gostar do que nao gostam e repudiar o que amam. Negam seus principios, mudam de opnião. Dizem "eu te amo" sem realmente amar, dizem que odeiam sem nem ao menos experimentar. Experimentam sem querer, e fingem gostar.
E depois... quando se esta sozinha em casa, num quarto escuro, sem ninguem, você chora. Por que mesmo tendo momentos felizes, você é uma pessoa triste. Por que seus amigos que na verdade nao passam de falsas imagens do que querem mostrar ser quando estao em bando, no intimo, nao te conhecem. Assim como voce nao os conhece. No escuro, no intimo, no sozinho, voce mostra quem realmente é. E nem sempre esse voce agrada aos outros. E quando voce que toda sua vida e a vida dos que te rodeiam nao passam de meras ilusoes vc se arrepende. Mas se arrepende do que? De ter vivido?
Não se há um proposito, ou uma liçao de moral assim como nas fabulas que ao fim sempre sao ditas por que se somos verdadeiros e nos entregamos, nos decepcionamos. Pq as pessoas nao nos correspodem.
Sabe o que mais eu aprendi? Nem sempre (ou na maioria das vezes) as pessoas vao ter a mesma consideraçao que vc tem por elas, por voce.
Pra nao se arrepender, ou decepcionar temos que finalmente aprender a não amar, a nao gostar. E como isso é impossivel nao vejo mais sentido nenhum em tudo aquilo que estou escrevendo.
Só sei que vou continuar sendo a pessoa que ama, que ajuda sem esperar nada em troca, que aprendeu a nao se decepcionar. Afinal de contas. Essa sou eu. Humana. Fraca. Decepcionamente. Mas ao fim do dia... FELIZ. Feliz por ter aprendido a identificar aqueles que nao sao o que mostram.
Só sei que vou continuar sendo a pessoa que ama, que ajuda sem esperar nada em troca, que aprendeu a nao se decepcionar. Afinal de contas. Essa sou eu. Humana. Fraca. Decepcionamente. Mas ao fim do dia... FELIZ. Feliz por ter aprendido a identificar aqueles que nao sao o que mostram.
sábado, 1 de maio de 2010
P.A.R.E.I
ooooooooooooook' Eu sei que a Bella vai querer me matar por causa disso! Eu seei.
Mas preciso desesperadamente de um lugarziiinho meu pra poder gritar.
Mas preciso desesperadamente de um lugarziiinho meu pra poder gritar.
ook. Isso aew. Vou deixar a historia do Rick pra depoois (Juro que vou escrever tudiinho!) mas preciso ter um espaço pra me libertar e o farei aqui.
Loucura, insanidade... chame como quiser... mas o realmente insano é o que as pessoas te impoe como certo, e o que é mais louco? Se deixar levar pela maré ou sair gritando e nadando contra ela? Nem sempre o mais facil é o certo, e nem sempre o que parece certo é certo. Entao, sim! Podemos todos surtar ! Não pela ideia de que podemos enlouquecer tentando entender isso mas sim por talves passar toda a sua vida acreditando numa coisa que pode simplesmente não ser certa.
Que foi? Acha que não tem sentido no que eu digo? Mas o que que tem sentido então? Se paracemos pra criticar um pouco mais as coisas perceberiamos que a maioria das coisas não faz sentido e mesmo assim aceitamos.
To marolando? Uhuuul ! Muito bom! É o que eu preciso agora! Só escrever sem preceitos ou nada mais.... Simplesmente escrever tudo aquilo que me vem a cabeça ... E se você perde seu tempo lendo ... pelo menos espero que você também queira perder seu tempo tentando entender aquilo que lê. Mesmo que nao consiga, apenas tente.
Na vida não há um manual de como ser feliz ou como não decepcionar as pessoas que realmente te amam. Não há revistinhas te mostrando onde são as entradas secretas que te dão vidas e pontos extras no jogo. Você tem que descobrir tudo, e sempre da pior maneira. Por que se você não erra, e sempre faz o certo, certamente você nem sabe que isso é certo. Só se tem noção do que é certo (não o certo básico que todos aprendemos com papai e mamãe.... estou falando daquilo que só a vida pode ensinar... o que varia de cada individuo. Aquilo que a sua vida tem como certo, a sua verdade como diria meu amiguinho, o Drummond) quando se passa pelo errado... Precisamos conhecer as duas alternativas pra podermos escolher uma.
Tem algum sentido nisso? Não?
Então já posso me enterrar nos meus textos e desesperos.
Parabéns! Lá está ela mais uma vez! A Srª. Interrogação. Toda posuda, cheia de suas duvidas e endagações. Mas aqueles que não duvida e aceita tudo o que eh dito como verdade é tolo. Mas quem vive cheio de interrogações tentando entender os porquês da vida é neurotico!! Entaaao... comofas? Surto??? HAAA! Otima opção!
Ok, ok... é tudo exagero, eu sei. Devo estar aparecendo uma adolescente em crise... Mas vocês nem ao menos sabem quais são as minhas duvidas... Nao conhecem minhas criticam... Nao sabem o porquê do meu desespero e mesmo assim já tentam me julgar... Nao eh frustante? Frustante pensar o quanto a sua mente é capacitada a primeiro julgar e depois tentar entender?
Acho que nesses blogs todos nós tentamos filosofar, mostrar o que pensamos, dizer o que nos vem a cabeça... Mas na real... A vantagem disso aqui é poder gritar calado... Escrever centenas de palavras por minuto e extravassar.... Graaaande alegria e alivio poder gritar mesmo que calada... As vezes acho que esse seria o modo mais facil de pegar no sono... Mas durmir digitando é meio complicado, rs'.
Mas a vida é complicada. É muito complicada termos que aceitar, não ter preconceitos, e ainda assim não abrirmos mão dos nossos principios e aquilo que vemos como errado. Não é incrivel a velocidade na qual os valores podem se inverter e o errado se tornar certo (e vice-versa, certamente)?
Aceitar sem se alterar... Es a grande questão!!
Que foi? Acha que não tem sentido no que eu digo? Mas o que que tem sentido então? Se paracemos pra criticar um pouco mais as coisas perceberiamos que a maioria das coisas não faz sentido e mesmo assim aceitamos.
To marolando? Uhuuul ! Muito bom! É o que eu preciso agora! Só escrever sem preceitos ou nada mais.... Simplesmente escrever tudo aquilo que me vem a cabeça ... E se você perde seu tempo lendo ... pelo menos espero que você também queira perder seu tempo tentando entender aquilo que lê. Mesmo que nao consiga, apenas tente.
Na vida não há um manual de como ser feliz ou como não decepcionar as pessoas que realmente te amam. Não há revistinhas te mostrando onde são as entradas secretas que te dão vidas e pontos extras no jogo. Você tem que descobrir tudo, e sempre da pior maneira. Por que se você não erra, e sempre faz o certo, certamente você nem sabe que isso é certo. Só se tem noção do que é certo (não o certo básico que todos aprendemos com papai e mamãe.... estou falando daquilo que só a vida pode ensinar... o que varia de cada individuo. Aquilo que a sua vida tem como certo, a sua verdade como diria meu amiguinho, o Drummond) quando se passa pelo errado... Precisamos conhecer as duas alternativas pra podermos escolher uma.
Tem algum sentido nisso? Não?
Então já posso me enterrar nos meus textos e desesperos.
Parabéns! Lá está ela mais uma vez! A Srª. Interrogação. Toda posuda, cheia de suas duvidas e endagações. Mas aqueles que não duvida e aceita tudo o que eh dito como verdade é tolo. Mas quem vive cheio de interrogações tentando entender os porquês da vida é neurotico!! Entaaao... comofas? Surto??? HAAA! Otima opção!
Ok, ok... é tudo exagero, eu sei. Devo estar aparecendo uma adolescente em crise... Mas vocês nem ao menos sabem quais são as minhas duvidas... Nao conhecem minhas criticam... Nao sabem o porquê do meu desespero e mesmo assim já tentam me julgar... Nao eh frustante? Frustante pensar o quanto a sua mente é capacitada a primeiro julgar e depois tentar entender?
Acho que nesses blogs todos nós tentamos filosofar, mostrar o que pensamos, dizer o que nos vem a cabeça... Mas na real... A vantagem disso aqui é poder gritar calado... Escrever centenas de palavras por minuto e extravassar.... Graaaande alegria e alivio poder gritar mesmo que calada... As vezes acho que esse seria o modo mais facil de pegar no sono... Mas durmir digitando é meio complicado, rs'.
Mas a vida é complicada. É muito complicada termos que aceitar, não ter preconceitos, e ainda assim não abrirmos mão dos nossos principios e aquilo que vemos como errado. Não é incrivel a velocidade na qual os valores podem se inverter e o errado se tornar certo (e vice-versa, certamente)?
Aceitar sem se alterar... Es a grande questão!!
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