terça-feira, 18 de outubro de 2011

Aos mais castanhos olhos em companhia dos mais negros cabelos.

Tuas palavras me encantam. Tua linguagem escrita me fascina. Tua dupla personalidade inconstante, agora vejo, também me enamoram. Tua falta de tamanho se compensa em palavras. Lidas, escritas, repassadas.
Escreves pra ti, e o mundo engolirá teu egoísmo de escritas somente tuas espalhando-as para o mundo.
Ah, tão doce, tão amarga, tão diária, tão imprevisível poetiza que não se assume como tal. Largue a modéstia, já sabes o que fazer de tua vida se todo o resto não lhe for dito.
Escreva, pequenina dos cabelos negros. Escreva sobre tudo o que não foi. Escreva sobre tudo o que ainda há de vir. Escreva incansavelmente. Escreva palavras, escreva imagens. Escreva.
Leia, se apaixone pelo inexistente. Sonhe, e escreva teus diálogos sonhados, que tanto sei, querias que fossem todos muito reais.
Descubra-se ao papel. Não desista do moço que não existe. Tampouco creia em sua inexistência. Escreva a ele, sonhe-o.
Escreva vida. Tua, dos que andam pelas ruas, de quem não conheces, de quem conheces. De quem te inspira, de quem assiste. Compartilhe-as. Com ninguém, com todos. Com o papel.
Apenas não pare, não pare de escrever.


#Não sejas burra de pensar que isto não foi pra ti. Pense bem. Quantas micro-marrentas bipolares eu conheço?