domingo, 9 de janeiro de 2011

Parte II - Juliana Lima

#abaixo segue uma dinamica que comecei com um blog amigo. Ela escreve, eu continuo. E assim se seguirá... até o confim dos blogs...
blog amigo:
http://dricafernandes.tumblr.com/
parte I em http://dricafernandes.tumblr.com/post/2626775225/parte-i-21-12-10-adriane-fernandes

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Não sei ao fim de quem ou do que é a culpa. Sinceramente não creio que seja minha. Realmente, não tenho culpa.
Talvez a culpa seja das pessoas, que assim como eu, mostram novas faces a cada encontro ou talvez pode ser culpa das coisas que fazem com que tais pessoas me mostrem suas faces, assim mesmo, no plural, sempre me surpreendendo.

Tento formar suas personalidades em minha cabeça, mas sempre, sempre, acontece algo, uma situação especifica ou não, que me faz quebrar tudo o que tinha construido na inutil tentativa de compreender ao proximo.
Quanto mais vivo, mais me ponho à prova. A cada nova situação, me redescubro e mais uma vez aprendo mais sobre mim mesma.

Então, eis que elas voltam, voltam velhas situações (antigas senhoras que pensava conhecer e saber como lidar) ... e finalmente não sei agir como antes.
Pra ser bem sincera, nem reconheço mais aquela pessoa que tinha tanta certeza de suas
palavras, que tinha tanta confiança em seu auto-conhecimento. Não reconheço aquela pessoa que dizia das certas que tinha sobre si e das coisas que nunca faria.
Não é engraçado? Eu acho graça.

Quando penso em mim, encontro muito do que rir.
Lagarta, lagarta... Quando penso que sou borboleta me chega o futuro que agora é presente, e olhando o passado me vejo lagarta. P
ensava ter chegado ao ápice de minha metamorfose, mas então me vejo borboleta agora, logo o que fui no passado só poderia ser uma lagarta.
Mais sei que tem mais futuro por ai, para me fazer ver lagartas novamente.

Talvez a questão seja o casulo. Ainda estou mudando, e tenho medo da borboleta. Tenho medo de viver apenas querendo encontrar a borboleta e quando finalmente for uma, me vier a morte que não me permitirá olhar o passado pra poder enfim definir meu apogeu.

... continua