terça-feira, 21 de junho de 2011

Parte XVI - Juliana Lima

Não concordo. Não, ou talvez sim. Eu explico: SIM, foi examente isso que você leu. E NÃO, eu não concordo.
Existe um fim desde o começo? Tanto faz.
O que me importa mesmo é tudo que eu fiz pra chegar ao fim, e se o final foi bom.
Não posso descobrir agora, tenho que viver pra isso.
Se pudesse ler o roteiro da minha vida, queria encontrar do que me orgulhar.
Não que tudo tivesse sido flores, é claro que não.
Tem tombos horrorosos, cenas dramáticas, coisas impossiveis de se entender.
Eu gostaria de ler cada página como que cada ano, e ver minha gradual mudança.
Entenderia o que é crescer estudando à mim, e estaria orgulhosa e feliz vendo a diferença que eu fiz na vida de cada um.
Seria como aqueles filmes, que no final, se diz o que aconteceu com os personagens coadjuvantes. Tudo bem real.

Sabe o que isso? Saber que você fez a diferença? Que incrivel!

Meu roteiro não é só meu, é de todo mundo que me cerca.

Poderia ver se fui boa mãe, e como se sairam meus filhos sem mim (nós só percebemos isso quando descobrimos que foram pessoas muito melhores do que a gente). Me veria avó. Descobria quais foram os amigos que levei pra vida toda (não desmerecendo os passageiros, acredito que tudo vale a pena enquanto dura, e não iria me arrepender de ter tido cada um deles em minha vida. Talvez tenham me mudado um pouco também).

O final só é realmente feliz, quando você consegue entender que é o fim, e fica feliz por isso, pois aquela de sensação de cumpri meu papel finalmente paira no ar.

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Parte XV em dricafernandes.tumblr.com